Presidente se diz contra rupturas, mas que “tudo tem limite”, e ataca decisão do TSE de suspender repasses a canais bolsonaristas
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 28, que não é possível “admitir” medidas como a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspendeu repasses de dinheiro a canais bolsonaristas, que são investigados por propagar desinformação. Em evento com a base evangélica em Goiânia, o chefe do Executivo comentou a decisão do corregedor-geral do TSE, Luís Felipe Salomão, e disse que apesar de não desejar “rupturas”, “tudo tem um limite”.
Segundo Bolsonaro, a decisão abre “brecha” para que presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais “façam a mesma coisa para defender o seu respectivo governador”. “Isso não é democracia. A liberdade de expressão tem que valer para todos. Temos um presidente que não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso”, afirmou.
Bolsonaro usou sua participação nesta manhã no 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos, para convocar os apoiadores a participarem das manifestações de 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, além de policiais militares, os atos em apoio ao governo marcados para o dia da Independência mobilizam grupos do “bolsonarismo raiz”: evangélicos, ruralistas e caminhoneiros.
“Sei que a grande maioria dos líderes evangélicos vai participar desse movimento de 7 de Setembro, e assim tem que fazê-lo. Está garantido em nossa Constituição. Espero que não queiram tomar medidas para conter esse movimento. A liberdade de se manifestar, vedado o anonimato, está garantido em nossa Constituição. Não depende de regulamentação. O Brasil precisa de paz, de tranquilidade, para poder prosseguir”, afirmou. Segundo o presidente, os atos fazem parte de “um movimento espontâneo do povo” que alguns querem “evitar”.
O retorno do presidente da República a Brasília está previsto para o início da tarde. Na agenda, Bolsonaro não tem outros compromissos oficiais previstos para hoje.
Fonte: terra.com.br